PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO - JAÚ

"Vós sereis testemunhas de tudo isso."
Lc 24,48 (3 P-Ano B)
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Formação Bíblica

29 Eclesiástico: Fidelidade do Povo Hebreu a Javé

Encerrando os livros sapienciais, chegamos agora ao livro do Eclesiástico.

Eclesiástico vem da palavra eclesia, que quer dizer Igreja, povo. E, sendo o livro mais lido pelo povo quando se reunia em assembleia, isto é, em "igreja", recebeu o nome de "Eclesiástico".

O livro foi escrito em hebraico, mais ou menos 200 anos antes do nascimento de Jesus e, mais tarde, foi traduzido para o grego pelo neto do autor, um homem que morava em Jerusalém e se chamava Sirac (cf. 50,27). Por esse motivo, o livro também é chamado de "Sirácida" ou "Jesus Sirac".

Duzentos anos antes do nascimento de Jesus, a Palestina (onde Jesus viveu) passou do domínio dos Ptolomeus (Egito) para o dos Selêucidas (Síria). A fim de unificar o império, exposto a conflitos internos, os Selêucidas promoveram uma política de assimilação e procuraram impor aos povos dominados a cultura, a religião e os costumes gregos – um imperialismo cultural que ameaçava destruir a identidade cultural e religiosa dos dominados. Entre os judeus, houve uma corrente disposta a abrir-se ao espírito grego, desejando adaptar o judaísmo a uma civilização mais universal. A isso, todavia, opôs-se uma forte ala, que buscava preservar a identidade e salvaguardar a fé e a vocação de Israel, testemunha do Deus vivo para todas as nações. E nesse grupo estava Ben Sirac, um homem viajado, de muita experiência, que recolheu a sabedoria do povo e escreveu, então, neste livro, uma espécie de longa meditação sobre a fidelidade hebraica. Ele procura reavivar a memória e a consciência histórica do seu povo, a fim de mostrar sua identidade própria e o valor eterno de suas tradições.

A forma literária do livro dá a impressão de que ele não obedece a nenhum plano regular e lógico. Muitos comentadores limitam-se a distinguir duas partes: uma coleção de provérbios (Eclo 2,1-42,14) e o louvor de Deus e dos antepassados (Eclo 42,15-50,29). Deve-se reconhecer, de fato, que os vários temas se sucedem sem ordem aparente e que alguns deles são tratados duas ou três vezes sem notável desenvolvimento. Assim, tudo leva a crer que Ben Sirac não compôs a obra de um só fôlego: a maior parte do material teria sido acrescida durante os seus anos de magistério, e a fase final consistiria, em grande parte, na edição daquele material heterogêneo.

A espiritualidade do livro se baseia na fé no Deus da Aliança, fé que se mostra em obras de culto e na prática da justiça e da misericórdia para com o próximo. Ben Sirac exorta os homens à humildade, à bondade para com os pobres, e à piedade. Denuncia o orgulho, os pecados da língua, o adultério, a inveja e a preguiça. Faz repetidas advertências sobre os deveres familiares e as relações sociais. De um modo geral, observa que o homem deve fugir do pecado, qualquer que seja a sua espécie. Toda essa instrução moral se inspira na religião, no serviço a Deus, e seu livro é repleto de conselhos religiosos que são inteiramente praticáveis. Afinal, todo cristão sabe – e tenta pôr em prática – recomendações como a encontrada em Eclo 14, 4: “Quem acumula injustamente, com prejuízo da vida, acumula para outros, e outro há de vir que esbanjará esses bens na devassidão.”

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